03/01/2008

O Último Poema- Manuel Bandeira

Assim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicídas que se matam sem explicação.

Um comentário:

A. C. O'Rahilly disse...

qualquer paixão do coração que é deixada inexplicável