"Olhe para um lugar onde tenha muita gente :
uma praia num domingo de 40 graus, uma estação de Metrô,
a rua principal do centro da cidade.
Pois metade deste "povaréu" sofre de dor-de-cotovelo.
Alguns trazem dores recentes.
Outros trazem uma dor de estimação,
mas o certo é que grande parte desses rostos anônimos têm um amor mal resolvido,
uma paixão que não se evaporou completamente,
mesmo que já estejam em outra relação.
Porque isso acontece ?
Acho que as pessoas não gastam seu amor.
Isso mesmo !
Os amores que ficam nos assombrando não foram amores consumidos até o fim.
Você sabe ... O amor acaba !
É mentira dizer que não !
Uns acabam cedo.
Outros levam 10 ou 20 anos para terminar.
Talvez até mais, mas, um dia acaba e se transforma em outra coisa :
amizade, parceria, parentesco;
e essa transição não é dolorida se o amor foi devorado até a "rapa".
Dor-de-cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote.
O amor tem que ser vivenciado !
... ninguém tem tempo para esperar.
E tem que ser vivido em sua totalidade !
É preciso passar por todas as etapas do amor :
atração; paixão; amor; convivência; amizade; tédio e fim.
Como já foi dito, este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muitos anos,
mas é importante que transcorra de ponta a ponta,
senão sobra lugar para fantasias, idealizações,
... enfim, tudo aquilo que nos empaca a vida e nos impede de estarmos abertos para novos amores.
Se o amor foi interrompido sem ter atingido o fundo do pote,
ficamos imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade.
Tudo o que a gente poderia ter dito e não disse.
Feito e não fez.
Gaste seu amor !
Usufrua-o até o fim !
Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar.
Não se "economize" !
Sinta todos os sabores que o amor tem,
desde o adocicado do início até o amargo do fim,
mas não saia da história na metade.
Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário