Só porque o silêncio te conforta e não falando sabes ninguém te entender , calas-te!
Podia ser um grito fininho quase imperceptível.
Como um fio vermelho que esvoaça numa rajada de vento e se balança com uma brisa, mas assim sem barulho, sem palavras, sem nada.
Calado.
Não te deixas descobrir com medo de que tudo não seja nada, receando que o nada, sejas tu .
E com o teu silêncio, calas o que não falas, ouves só o que queres ouvir ignorando calado tudo o que alguém te pode fazer sentir.
E aí ...aí onde estiveres, estarás seguramente assim, sentado inconfortavelmente...
Observado por quem também não sabe falar, por quem comunica só com o olhar, e que se algum ruído fizer, fácilmente poderás mandar calar mesmo em silêncio.
O teu silêncio não fala.
Há silêncios que gritam, há silêncios que nos petrificam com o barulho das palavras por dizer, há silêncios ensurdecedores, há silêncios que nos arrasam, há silêncios que nos matam a esperança, há silêncios que nos calam, há silêncios que nos fazem reviver.
Há silêncios ... e tantos deles se ouvem.
Mas o teu, o teu silêncio não fala!
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