O muro quase branco pede um testemunho grafitado
A mesa empoeirada pede um poema rabiscado com o dedo
O carro sujo pede um Vilma Ama João no vidro traseiro
A areia da praia pede um coração desenhado com um pedaço de pau.
Mas a onda apaga todas as declarações impulsivas
A mangueira limpa as confissões automotivas
O poema some do perfex da criada
E o grafite é condenado pela prefeitura.
Duram mais os amores silenciados...
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